terça-feira, 29 de julho de 2008

Mistério Jocoso

Para a dona do meu desdém, blurgh!:


Mistério jocoso



Do nada se fez o mistério
Dessa tua farsa nada incomum
Os teus lábios criaram um sério
Desejo volúvel, teatro, só um...

Um suposto motivo sincero,
Vazio patente em teus olhos abertos,
Virgem de cérebro,
Atriz sem esmero...

O que achas que aconteceria?
Por acaso pensastes que eu viveria
Na eterna espera sem fim?
Ou que seria acabado, infeliz e largado,
Logo eu? Negado em mim?...

Não! Nada é mais necessário
Que te ver partindo com o cabelo de lado,
Mulher extremada, sádica nas palavras,
De lágrimas medidas à conveniência
Que eu nunca entendi...

Como é fácil decifrar você,
Pobre nos atos, íntegra no dizer,
Aquela que vem e que passa,
Abduz o que bem entende, para se
Fazer ausente, ao seu bem entender...

Deixa sua marca que acabo de esquecer,
Manchada de farsas, desprovida de espírito
Nada sabes de mim, nem eu de você,
A minha integridade é assim,
Indelével, ingênua, permeia meu ser,
A tua sujeira é sem fim,
Infame, fácil, medida em falsos
Momentos de prazer...

Do nada se fez o mistério
Do nada se fez o incrédulo,
Não acredito mais em você...