segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ode à Decadência - Por Carlos Miranda

Ode à decadência – Por Carlos Miranda


Quando fores embora, emocionalmente insegura,
lembrarás de meu amor à escura...
Serás minha paixão totalmente à espreita,
ou palavra vaga, mentira por hora verdadeira....

Quando chegares esta manhã, álcool em tua boca,
e veres o vazio em meu olhar,
Serás amada totalmente ao avesso,
jogada em minha cama, abusada sem apreço.

Quando chorares minha ausência, culpa em teu pensamento,
recordarás do meu ardor à tua volta,
mas é tarde; e sofrido e sincero,
todo o ódio que por ti reservo.

Quando te aproximares de meu corpo, lasciva; falsa e pervertida,
Tremendo de desejo, recusarei teu jogo;
Vencerei essa tua pele safada, esse teu jeito de vadia desolada,
E sorrirei de forma a mostrar-te quem manda.

Quando te recusastes a acreditar que me perdeu,
rasgar, gritar e desesperar, por anseio de um beijo meu,
Procurarei em outra mulher tudo que nunca tive por ti,
toda felicidade que somente teu corpo nunca me deu,
essa tal de “alma gêmea”, sonho meu...