segunda-feira, 2 de junho de 2008

Venha a mim desfeita - Por Carlos Miranda

Venha a mim desfeita


Venha a mim desfeita
Desprovida de todos os nossos sentidos
Banida, minha anja caída,
Ressentida de todos os nossos erros...

Por seres uma mulher,
De sonho imaculado,
Atitudes sinceras e passo marcado,
Venha a mim desfeita,
De uma solidão fugaz,
Tão crivada de força, e como és forte!
quanto a perda é capaz...

Venha a mim desfeita,
com um singelo sorriso à espreita,
olhos de mel,
de um saber que se cala
e entrega,
A minha tão bela vida
a sua espera...
Língua entre os dentes…

Venha a mim desfeita
Querida, simples e perfeita (básica)
De uma chama que
morre acesa,
Ofuscando a queima...
Quem tu amas? Inspiração de toda história!
Uma rosa sensual, seu corpo um segredo
De poucos...
Você se move como a dona do mundo...E teu amor...

Venha a mim desfeita,
Do seu mistério e dos seus medos
Livre das incertezas, dona do meu cheiro
e dos anseios...

Venha a mim desfeita,
De todos os sentidos,
Despida,
Em minha cama
Tão cheia de partidas...

Você, simplesmente você,
Não vou exagerar dizendo que és perfeita,
mas lhe direi que toda perfeição se faz
necessária para justificar teu mero olhar,

Se eu lhe abraçar por mais que um simples momento,
terás em teus braços,
mais do que mim mesmo em meu sentimento,
Terás minha essência,
e farás dela luz que envolve teu rosto
e disfarça minha falsa inocência...